terça-feira, 22 de novembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

As contas não param de chegar...

Helder Gomes
Professor do Departamento de Economia


“Este mundo de mierda está embarazado de otro”
Eduardo Galeano (plaza de los indignados, Barcelona, 2011)


O fim de ano tem sido marcado por mais uma explicitação do acirramento da crise mundial. Os contínuos anúncios de que a situação econômica tende a se agravar ainda mais evidenciam que as políticas adotadas até o momento só aprofundaram o endividamento dos Estados nacionais, que procuram salvar o patrimônio das grandes corporações, com alto custo social. Revelam também a incapacidade daqueles que detêm o poder de decisão em nível internacional, em apontar perspectivas de solução definitiva para a armadilha que se meteu o capital mundializado na virada do século.
Os chamados global players e os governantes de plantão estão mesmo numa enrascada sem tamanho. Mas não largam o osso e mantêm a pose. Tentam administrar há décadas uma crise estrutural do capital pela via especulativa, criando toda sorte de instrumentos derivativos e de maquiagem da real situação dos grandes conglomerados mundiais, o que, grosso modo, significa a geração de um sistema multiplicador em escala exponencial de direitos fictícios sobre uma riqueza que, supostamente, seria produzida num futuro que ninguém sabe quando irá chegar. Na verdade, inventaram uma roleta russa e agora todos querem sair da brincadeira sem apertar o gatilho, como se fosse possível, depois que a festa está em adiantado estado de embriaguez e loucura.
Especulação sem qualquer perspectiva de controle (não adianta tentar controlar), Estados e empresas no limite do endividamento. Crédito pessoal multiplicando-se exponencialmente, tornando as famílias vulneráveis e reféns de toda sorte de cobradores (legais e ilegais). Forte imposição de cortes de conquistas trabalhistas seculares. Até quando se acreditará na possibilidade de que este castelo de cartas continue de pé sendo atacado por tão violentos tornados e tsunamis?
O pior de tudo é que, dentro da ordem, a saída da crise poderia exigir pelo menos três pressupostos: resolver a questão da hegemonia internacional, ou seja, impor uma derrota aos Estados Unidos da América (a maior potência rentista do planeta), desbancar o dólar viciado do papel de moeda mundial etc.; destruir a riqueza fictícia, o que significaria, por seu turno, impor uma derrota à dimensão especulativa do capital, começando pela monetização das dívidas públicas (quem tem coragem?); construir outro padrão de acumulação que regenerasse a capacidade de reprodução ampliada do capital pela via da produção, numa escala que exigiria um regime de exploração um tanto mais rígido que o atual, destruindo, inclusive, os parcos resquícios do Estado de Bem Estar Social que ainda restam nos países do norte. Tudo isso pressupondo que a madre Terra consiga suportar mais uma fase de uso predatório de suas riquezas naturais.
Estamos há décadas nessa batalha de titãs enlouquecidos. Grécia, Itália, Espanha no olho do furacão. As mobilizações nas ruas estão apenas recomeçando. Diante disso cabe indagar: é possível resgatar na ordem do capital a humanidade perdida, ou será que as novas ocupações de praças e vias da Europa, dos Estados Unidos, mas, também daqui, terão que ganhar bandeiras afastadas, há algum tempo, das lutas populares mais expressivas?

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Palestra


Palestra

Gabriel Strautman
Secretário da Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais

Tema:
Financiamento de Grandes Projetos de Investimento Multinacionais no Brasil e no Espírito Santo: O papel central do BNDES

Dia:
16/11/2011

Horário:
10 horas

Local:
Salão Rosa CCJE - ED-II - UFES.

Promoção:
Grupo de Estudos e Pesquisa em Conjuntura
Centro Acadêmico Livre de Economia
Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais
Rede Alerta ES