O
IPCA/IBGE acumulado nos últimos 12 meses em janeiro de 6,15% e em fevereiro de
6,31% se aproximou do teto da meta de inflação de 6,5%. Nesse cenário de
pressão inflacionária puxada pelos alimentos, nos meses de janeiro e de
fevereiro, havia a expectativa de aumento da taxa básica de juros Selic, que
estava em 7,25% ao ano. De fato, esta expectativa se concretizou. Na reunião do
dia 18/04/2013, o COPOM elevou a taxa básica para 7,5% ao ano.
A média dos saldos diário da base monetária,
em janeiro, alcançou R$ 226,8 bilhões, registrando uma queda de 1,8% no mês e
um aumento de 13% em doze meses. Esse resultado deveu-se à retração de 4,3% no
papel-moeda emitido e ao crescimento de 7,3% das reservas bancárias, que ainda
reflete o aumento sazonal da demanda por moeda em dezembro. Entre os fatores condicionantes
destacaram-se as operações com títulos públicos federais, com queda de R$ 21,3
bilhões. Em contrapartida, as operações do Tesouro Nacional registraram um
aumento de R$ 6 bilhões.
Os meios de pagamento restritos apresentaram
um saldo médio diário de R$ 300,5 bilhões em janeiro, após uma redução de 4% no
mês. Esse resultado reflete a queda de 4% do papel-moeda em poder do público e
de 4,1% dos depósitos à vista. O M1, nos últimos doze meses, aumentou em 11,6%,
reflexo da variação de 12,4% do papel-moeda em poder do público e de 10,8% dos
depósitos à vista.
Em fevereiro, a base monetária apresentou um
saldo médio diário de R$ 214,9 bilhões com declínio de 5,2% no mês, resultante
das quedas de 2,1% no papel-moeda emitido e de 15,3% nas reservas bancárias.
Dentre os fatores que condicionaram a emissão monetária há o destaque das
operações do Tesouro Nacional, contracionistas em R$ 19,1 bilhões. Em
contrapartida, as operações com títulos públicos tiveram caráter expansionista
com o aumento de R$ 3,8 bilhões, assim como as compras líquidas de divisas no
mercado interbancário, em R$ 3,6 bilhões. Nos 12 últimos meses, a base
monetária expandiu em 10,5%.
Os meios de pagamento restritos (M1) tiveram
um saldo médio diário de R$ 290,5 bilhões em fevereiro, descrevendo uma queda
de 3,3% no mês. Essa redução corresponde à retração de 2,9% no papel-moeda no
poder do público e de 3,7% nos depósitos à vista. O crescimento acumulado de M1
em 12 meses foi de 11,2%.
Fonte:
BCB. Notas para a imprensa de 26/02/2013 e 26/03/2013.
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