quinta-feira, 18 de abril de 2013

Política Monetária - jan/fev 2013



O IPCA/IBGE acumulado nos últimos 12 meses em janeiro de 6,15% e em fevereiro de 6,31% se aproximou do teto da meta de inflação de 6,5%. Nesse cenário de pressão inflacionária puxada pelos alimentos, nos meses de janeiro e de fevereiro, havia a expectativa de aumento da taxa básica de juros Selic, que estava em 7,25% ao ano. De fato, esta expectativa se concretizou. Na reunião do dia 18/04/2013, o COPOM elevou a taxa básica para 7,5% ao ano.

A média dos saldos diário da base monetária, em janeiro, alcançou R$ 226,8 bilhões, registrando uma queda de 1,8% no mês e um aumento de 13% em doze meses. Esse resultado deveu-se à retração de 4,3% no papel-moeda emitido e ao crescimento de 7,3% das reservas bancárias, que ainda reflete o aumento sazonal da demanda por moeda em dezembro. Entre os fatores condicionantes destacaram-se as operações com títulos públicos federais, com queda de R$ 21,3 bilhões. Em contrapartida, as operações do Tesouro Nacional registraram um aumento de R$ 6 bilhões.

Os meios de pagamento restritos apresentaram um saldo médio diário de R$ 300,5 bilhões em janeiro, após uma redução de 4% no mês. Esse resultado reflete a queda de 4% do papel-moeda em poder do público e de 4,1% dos depósitos à vista. O M1, nos últimos doze meses, aumentou em 11,6%, reflexo da variação de 12,4% do papel-moeda em poder do público e de 10,8% dos depósitos à vista.

Em fevereiro, a base monetária apresentou um saldo médio diário de R$ 214,9 bilhões com declínio de 5,2% no mês, resultante das quedas de 2,1% no papel-moeda emitido e de 15,3% nas reservas bancárias. Dentre os fatores que condicionaram a emissão monetária há o destaque das operações do Tesouro Nacional, contracionistas em R$ 19,1 bilhões. Em contrapartida, as operações com títulos públicos tiveram caráter expansionista com o aumento de R$ 3,8 bilhões, assim como as compras líquidas de divisas no mercado interbancário, em R$ 3,6 bilhões. Nos 12 últimos meses, a base monetária expandiu em 10,5%.

Os meios de pagamento restritos (M1) tiveram um saldo médio diário de R$ 290,5 bilhões em fevereiro, descrevendo uma queda de 3,3% no mês. Essa redução corresponde à retração de 2,9% no papel-moeda no poder do público e de 3,7% nos depósitos à vista. O crescimento acumulado de M1 em 12 meses foi de 11,2%.
Fonte: BCB. Notas para a imprensa de 26/02/2013 e 26/03/2013.

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